Pesquisar:

EHF realiza visita de estudo ao Douro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nos passados dias 16, 17 e 18 de março de 2012, as turmas do 2.º e3.º ano do curso de Restaurante-Bar, tiveram a oportunidade de visitar a zona norte do nosso país. Visitámos; museus, palácios, caves, adegas e vinhas das seguintes cidades: Viseu, Lamego, Peso da Régua, Vila Real, Guimarães, Braga, Porto e Gaia.
No Dão visitamos a Casa Santar, propriedade com cerca de 500 hectares, além da vinha e da adega também visitamos o Paço dos Cunhas de Santar, casa senhorial, com cerca de 500 anos restaurada e a funcionar desde setembro de 2008 no segmento do enoturismo. O restaurante Casa Santar é um restaurante aberto ao público diariamente, possui 2 salas para eventos, a cozinha é de autor e visa a harmonia entre a comida e os vinhos. A visita foi guiada pelo chefe de sala Rui Madeira. A empresa proprietária “Dão Sul” comercializa cerca de 300 milhões de garrafas por ano e exporta para todo o mundo, essencialmente China, Brasil, América do Sul e países do norte da Europa. O vinho produzido nesta casa já foi premiado em sétimo lugar numa prova de 30000 vinhos em França.
Na Varosa visitámos as caves da Murganheira, fundadas em 1947 que possuem 3 milhões de garrafas na cave. Estas são únicas no mundo por serem naturais de granito azul, a temperatura interior é de 12º o ano inteiro. Esta cave foi aberta à mão já com o objetivo de armazenar garrafas. A cave situa-se a 70 metros de profundidade. Atualmente, alguns processos só se realizam manualmente para garrafas especiais.
O Museu Douro situa-se no Peso da Régua. O Douro foi declarado património da humanidade em 2011. Aqui ficámos a conhecer um pouco mais da história do Douro e das suas gentes, como está delimitada a região demarcada, o tipo de terreno (que é o xisto), a suas caraterísticas e como ele interfere na qualidade dos vinhos desta região. Aqui está recriado por imagens como era feito o transporte das pipas pelo rio, em direção a Gaia nos barcos “rabelos” e as dificuldades que encontravam. O “Rabelo” era constituído por uma vela num mastro ao centro e a sua arquitetura permitia-lhe navegar contra a corrente. A prática da viticultura nesta região é muito antiga como provam as pinturas rupestres e lagares de granito encontrados em escavações arqueológicas.
Visitamos a Quinta das Carvalhas, que pertence à “Real Companhia Velha”. Aqui podemos apreciar os famosos socalcos do Douro feitos pelo homem, ficamos a saber que nesta região estão plantadas cerca de 120 castas em solos muito pobres e num clima muito agreste, com temperaturas que variam entre alguns graus negativos, chegando a nevar até aos 50 positivos no verão. Vimos algumas vinhas Velhas com cerca de 75 anos e ficamos a saber que a idade em que a videira encontra o seu equilíbrio, a maturidade é por volta dos 40/50 anos. O porquê de tantas castas plantadas nesta região terá a ver com o não reconhecimento das mesmas, com o hoje se faz, mas sim com o objetivo de diversificar, não fossem as dificuldades do clima e as doenças a que algumas são mais sensíveis pregar a partida aos agricultores assim misturavam-nas pois algumas haviam de produzir qualquer coisa. Aqui deu para perceber que a máxima no Douro não é possuir elevados números de produção mas sim a qualidade.
A Casa Mateus foi construída em 1739 (Séc. XVIII), classificada de monumento Nacional, a casa é do Estilo Barroco. Os tetos de sala para sala são todos deferentes, uma das salas tem 4 quadros de bebe. Neste espaço realizam-se alguns eventos, um deles é a cerimónia de Entrega do Prémio Literário D. Dinis. Uma parte da Casa Mateus, ainda é habitada por um Membro da Família. A biblioteca possui o original da 1ºedição do Livro “Os Lusíadas”. Na capela, estão sepultados os membros da família, e nesta mesma capela ainda se realizam algumas cerimónias.
Em Gaia visitámos as Caves Calem. Depois de uma explicação sobre a região do Douro e do Vinho do Porto, das castas; tintas (Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Amarela) e castas brancas (Malvasia Fina, Cercial e Rabigato), das técnicas de cultivo e as técnicas tradicionais de pisa a pés nos lagares de granito entre outras. O tipo de Madeira utlizado nas Pipas do Vinho é o carvalho Francês, Português e Americano.
Visitámos igualmente o Palácio da Bolsa, espaço mandado construir em 1842 pela Associação Comercial do Porto. Classificado como monumento Nacional, é um dos ex-libris da cidade do Porto, em estilo neoclássico nele trabalharam grandes nomes da arquitetura, escultura e das artes decorativas. Aqui se realizam anualmente imensos eventos como; concertos, palestras, apresentações, conferências, mostras comerciais, congressos, leilões, exposições, passagens de modelos e muitas outras.

Aléxis Vital Sousa
Inês Jorge Santos

Imagens