ENSINAR
Artigo de opinião - INFORMAR 5 fevereiro 2016
Ensinar deliberadamente é o que distingue o Ser Humano das restantes formas de vida, das que existem e das que existiram na Terra.
Enquanto as outras Espécies somente seguem exemplos, quando tal chega a acontecer, o Ser Humano ensina. Primeiro em cavernas à volta da lareira e do Fogo. Fogo que nos iluminava, protegia das ameaças dos predadores, deu-nos tempo à noite e começámos a ensinar. Começámos a ensinar primeiro lenta, paciente e respeitosamente (tanto da parte dos Professores como dos Alunos). Bons tempos em que os Professores tinham e usavam machados de pedra para imporem o respeito e os Alunos não tinham chupetas eletrónicas, muito menos que resistissem aos machados. Muito mais à frente e ao que sei até à data, na Academia de Platão era proibido cobrar por ensinar.
Milhares de anos passaram, milhares de Escolas, em milhares de locais e formas. Milhares de Professores e mais milhares de Alunos, Alunos que se tornaram Professores e Professores também como Alunos.
Há Cientistas, agora, que chamam Momento “A-há!” ao Momento Eureka ou Descobri, que é literalmente o momento em que novas ligações se formam, nos Neurónios (células do nosso Cérebro), sempre que aprendemos alguma coisa nova. E normalmente sorrimos, pois todos gostamos de aprender. Outros, com quem concordo, ainda dizem que mais importante é o Momento “É Curioso!”. Pretendo obter dos meus Alunos o máximo destes momentos e auxiliá-los a estudarem o que lhes é curioso, de forma mais disciplinada e rigorosa, logo científica.
Carlos Santos
Formador da EPO