Redes Sociais
Vivemos tempos complexos. A sobrevivência das escolas e dos empregos daqueles que nelas trabalham, levam a uma cerrada disputa dos jovens, hoje bem escasso e essencial. Sem eles não se garante nem se justifica a continuidade dos projectos educativos, independentemente do seu passado e das suas potencialidades. Assistimos a um crescente facilitismo, ao nível da assiduidade, avaliação e comportamento, tentando manter nas escolas os jovens pelo máximo tempo possível. Verificamos igualmente uma alteração significativa no papel dos docentes, vendo-se estes, de forma sistemática, obrigados a correr atrás dos alunos, na expectativa de que estes possam atingir o desejado sucesso. Nestes tempos de duríssima concorrência, não existem “portos seguros”, nem ninguém, em plena consciência, conseguirá vislumbrar com clarividência horizontes futuros.
E é nestes tempos complexos que procuramos respostas e responsáveis. Uns acusam a escola, outros a qualidade dos docentes, as políticas educativas ou os seus actores de topo, talvez os encarregados de educação ou eventualmente os alunos. Perante a impotência em descortinar adequadas soluções, assistimos a uma repetição exaustiva de modelos e procedimentos, raramente a uma postura experimental, porque arriscada, promotora da inovação e da diferença. Será que a culpa é dos jovens? Ou será que os jovens procuram outro tipo de informação? E noutros espaços?
Assistimos igualmente a um cerrado ataque ao ensino profissional, tentando esvaziar as suas parcas energias em favor da sobrevivência de estruturas opulentas. Se no passado essas atitudes pareciam sempre de origem distante, elas agora provêm da vizinhança e tornam-se mais agressivas e acutilantes. Acreditamos que a garantia de sobrevivência está na profunda transformação da atitude do docente na escola e na sua relação com o aluno. Só com docentes plenamente empenhados, existirá uma garantia mínima de continuidade. Só com docentes disponíveis para experimentar, correr riscos e inovar é possível ainda acreditar. Só com docentes que saibam ser simultaneamente produtores de conhecimento e tutores, é possível inverter a tendência e potenciar um futuro promissor. Daí o fundamental papel da acção permanente dos docentes nas redes sociais. Porque os alunos andam crescentemente por aí, porque é possível através de métodos menos formais transmitir conhecimento, porque através de um procedimento simples se podem resolver dúvidas complexas, porque através de uma imagem de constante dinâmica se podem atrair novos alunos, porque…
Porque acreditamos no futuro das escolas de que agora somos responsáveis, tudo faremos para rasgar caminhos de sucesso e estabilidade. Para isso fica o apelo a que todos possam intervir, demonstrando uma postura activa e crescentemente inovadora. Enviem textos e imagens para o site, coloquem-nos nos blogues, anunciem-nos no Facebook. Partilhem informação, defendam causas, promovam iniciativas e projectos…Todos seremos poucos para garantir uma urgente e vital dinâmica de atracção. Para garantir futuro, as escolas precisam de crescer já no próximo ano lectivo. O apoio de todos é fundamental.
O Director Executivo
Francisco Vieira