ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
32. O que é a estrutura modular?
33. No mesmo curso profissional, a progressão pode fazer-se, simultaneamente, em Módulos e em UFCDs?
34. Quais são as características distintivas da estrutura modular?
35. Como se desenvolve o currículo organizado por módulos?
36. A escola tem autonomia para definir as disciplinas e os módulos em cada ano letivo?
37. Que tipo de avaliação é privilegiada nos cursos profissionais? Porquê?
38. Como se elabora a planificação de disciplinas/módulos/UFCD?
32. O que é a estrutura modular?
É uma forma de organizar o ensino profissional de uma forma flexível. Cada unidade de ensino-aprendizagem chama-se módulo, com unidades de aprendizagens autónomas integradas num todo, que permitem a um aluno ou grupo de alunos adquirir um conjunto de conhecimentos/aprendizagens, respeitando a individualidade e a diversidade.
33. No mesmo curso profissional, a progressão pode fazer-se, simultaneamente, em Módulos e em UFCDs?
Sim, é o que acontece atualmente com os cursos profissionais constantes do Catálogo Nacional das Qualificações, nos quais a componente de formação sociocultural e científica do currículo está organizada em Módulos e a componente de formação tecnológica em UFCDs. O regime de progressão é idêntico em ambas as situações.
34. Quais são as características distintivas da estrutura modular?
São as seguintes as principais características distintivas da estrutura modular: Currículo modular, aberto e flexível; Organização e progressão modulares; Desenvolvimento curricular integrado; Cultura de avaliação essencialmente formativa; Interação que privilegia a aprendizagem de todos; Organização nova da escola (horários, tempos de aprendizagem, aos locais de aprendizagem, lideranças pedagógicas, relações com a comunidade); Formação integral, qualificada e orientada para a mudança.
35. Como se desenvolve o currículo organizado por módulos?
A estrutura curricular organizada por módulos, permite uma maior flexibilidade e respeito pelos ritmos de aprendizagem de cada aluno.
O plano de estudos inclui três componentes de formação: Sociocultural; Científica e Técnica ( ou Tecnológica, nos cursos constantes do Catálogo Nacional das Qualificações (CNQ).
Os cursos estão organizados em harmonia com referenciais de formação aprovados para famílias profissionais que se regem por uma matriz curricular.
A cada curso é atribuída uma carga horária global não compartimentada pelos três anos do ciclo de formação, a gerir pela escola, no âmbito da sua autonomia pedagógica, acautelando o equilíbrio da carga horária anual, de forma a otimizar a gestão global modular e a formação em contexto de trabalho.
36. A escola tem autonomia para definir as disciplinas e os módulos em cada ano letivo?
Sim. É à escola que compete organizar a sequência das disciplinas e dos módulos em cada ano do curso, que deve estar definida na candidatura pedagógica feita na plataforma SIGO. Esta competência faz parte da gestão flexível e diferenciada do currículo.
37. Que tipo de avaliação é privilegiada nos cursos profissionais? Porquê?
A avaliação formativa. Esta permite ao aluno, num processo de autorregulação, evoluir nas aprendizagens. A avaliação formativa é contínua e sistemática e tem função diagnóstica, permitindo ao professor, ao aluno e ao encarregado de educação obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista ao ajustamento de processos e estratégias. O feedback proporcionado pela avaliação formativa a todos os intervenientes no processo constituiu um poderoso mecanismo de regulação e progressão nas aprendizagens. O professor concretiza a avaliação formativa sempre que, antes, durante e após uma parte substancial/importante da matéria, coloca à disposição dos alunos instrumentos de autoavaliação formativa que constituam referenciais do perfil de desempenho esperado, permitindo, desta forma, que o aluno identifique os seus pontos fortes ou melhorias a fazer.
38. Como se elabora a planificação de disciplinas/módulos/UFCD?
A planificação de aula deve considerar-se em três momentos com tempos de duração diferentes.
• 1º Momento – Abertura - Enunciar de forma sumária o plano de aula, como vai ser organizada a aula de modo atingir os objetivos de aprendizagens pretendidos (projetados, distribuídos em papel, registados no caderno diário, de forma que cada aluno saiba muito bem o que tem de aprender e como deve evidenciar essas aprendizagens), a organização dos grupos e as atividades que vão realizar, o tempo disponível e as estratégias de ensino.
• 2º Momento – Desenvolvimento - Estipular o tempo de realização de cada uma das atividades. Sempre que o tempo o permita os alunos devem realizar atividades de aprendizagem e, a seguir, atividades de consolidação. Avaliar de forma contínua e sistemática as aprendizagens dos alunos para obter e dar feedback imediato e inteligente.
• 3º Momento- Encerramento: Síntese e Avaliação da aprendizagem - Resumir os aspetos principais (o professor envolvendo os alunos). Reflexão sobre se os objetivos foram ou não atingidos. Estabelecer relação com as aprendizagens da próxima aula.
39. Como se processa a progressão/avaliação dos alunos no plano de estudos e em cada uma das disciplinas?
Segundo o artigo 26º da Portaria 74A/2013, de 15 de fevereiro, a aprovação em cada disciplina depende da obtenção em cada um dos respetivos módulos de uma classificação igual ou superior a 10 valores, mediante a consecução de aprendizagens significativas definidas para cada módulo. Também a aprovação na FCT e na PAP depende da avaliação mínima de 10 valores. Consagra ainda, no nº 3 do mesmo artigo, que os órgãos competentes da escola devem definir, no âmbito da sua autonomia e em sede de regulamento interno, critérios e modalidades de progressão.