Diz-me o que comes, dir-te-ei o que és.
Citação de Eça de Queirós (1845-1900)
Nunca foi tão real esta citação como nos dias de hoje, por muito desenvolvida que esteja a ciência e a tecnologia o Ser Humano necessita de se alimentar diariamente. Mas muito mais que uma necessidade podiam-se usar vários adjetivos para classificar estes atos diários, mais ou menos demorados.
Acordamos a pensar e a organizar o que comer, onde e com quem, pois afinal existem pessoas que têm um plano para as refeições dos próximos dias e será escusado dizer que não o marcam na agenda. Quando se chega a hora e a fome aperta, é o momento.
É na azáfama dos dias que correm, quando o poder de compra e o tempo são fatores essenciais para a nossa alimentação que percebemos os efeitos das nossas escolhas alimentares.
Nunca como hoje assistimos a regimes alimentares como o paleo, vegan entre muitos outros, em que mais do que uma escolha alimentar é um modo de estar, “na Vida e no mundo”. Vários dados provam que o crescimento de produtos disponíveis de alimentação saudável e de novos conceitos de restauração mostram esta preocupação.
Todos os anos são gastos milhões de euros para tratar doenças de origem alimentar como a diabetes, afinal são os açúcares e o sal muitas vezes “escondidos” que nos levam a um problema de saúde um dia mais tarde e, curiosamente, calcula-se que o ser humano possa durante toda a sua vida demorar 4 a 5 anos a comer.
Afinal, o que vamos comer hoje???
Ricardo Raimundo
Chefe e Formador da EHF